Serviços farmacêuticos
O fornecimento de serviços e produtos para o cuidado das pessoas constitui um problema de saúde coletiva pois o fenômeno de transição demográfica relacionado ao envelhecimento populacional, o incremento da prevalência de condições crônicas e, o aumento do uso contínuo de medicamentos, constituem os principais fatores associados à crise nos sistemas de saúde (SÁNCHEZ-SERRANO, 2014; SOUSA et al., 2012; MENDES, 2011).
Os estabelecimentos farmacêuticos, pela capilaridade e
distribuição geográfica, e o farmacêutico, pelo seu conhecimento e
disponibilidade, representam muitas vezes, o primeiro acesso das pessoas ao serviço
de saúde, tornando assim a Assistência Farmacêutica um dos elementos
fundamentais para estruturação das Redes de Atenção à Saúde.
Para prestar o cuidado necessário é importante lembrar algumas competências do farmacêutico.
Rastreamento em saúde
Detectar uma possível doença e realizar o tratamento precoce é de extrema importância para a redução da morbimortalidade. Por não se tratar de uma prova diagnóstica definitiva o rastreamento em saúde pode ser feito por diferentes profissionais com a finalidade de prescrever medidas preventivas, encaminhar os casos suspeitos para outro profissional ou serviço de saúde.
Educação em saúde
Empoderamento, é o que define educação em saúde, desenvolver através da prática educativa a autonomia e a responsabilidade dos indivíduos acerca do autocuidado. Educar em saúde não é somente transmitir informações, mas envolve também a transformação de saberes e práticas existentes.
Aspectos a serem trabalhados durante a educação em saúde:
· Criação de um calendário posológico
· Dispositivos organizadores de medicamentos;
· · Etiquetas e rótulos com informações escritas e visuais;
· · Demonstração correta de uso de dispositivos (Ex: inaladores, canetas de insulina, glicômetro);
· · Plano de ação do paciente;
· · Diários de saúde para o registro de dados de automonitoramento (sinais/sintomas, alimentação e administração de medicamentos);
· · Folders, panfletos ou cartazes;
· · Vídeos;
· · Outros.
As pessoas normalmente realizam algumas ações a fim de
prevenir doenças, controlar ou reduzir o impacto de condições mórbidas na sua
vida, ações essas que podem incluir:
· · Medidas básicas de higiene
· · Alimentação saudável;
· · Prática de atividades físicas.
· · Uso de medicamentos
O uso de medicamentos sem assistência adequada pode levar a
um insucesso no manejo dos sinais e sintomas podendo acarretar outros problemas
de saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2014).
O risco associado ao autotratamento desassistido reforça a importância
do farmacêutico(a) oferecer nas farmácias comunitárias o serviço de manejo de
problemas de saúde autolimitados no qual aplica conhecimentos e habilidades clínicas
para selecionar e documentar terapias farmacológicas e não farmacológicas que não
exigem prescrição médica.
O problema de saúde autolimitado, compreende uma enfermidade
aguda, de baixa gravidade, e breve período de latência, que pode ser tratada de
forma eficaz e segura com medicamentos ou outros produtos com finalidade
terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo:
· · Medicamentos industrializados
· · Preparações magistrais
· · Alopáticos ou dinamizados
· · Plantas medicinais
· · Drogas vegetais
· · Medidas não farmacológicas
Existem outros conceitos que norteiam a prática clínica do farmacêutico em serviços de saúde que podem ser encontrados nas referências abaixo, porém, o proposito deste blog é utilizar a programação em nossas atividades visando resolver problemas do dia a dia. Por isso iremos aprender juntos a criar soluções que serão incorporadas em um futuro programa voltado para a área da saúde. Antes disso, vejam um rascunho da logo.
REFERÊNCIAS
CFF. Prescrição Farmacêutica e Atribuições Clínicas do
Farmacêutico: Recompilação de documentos. Brasília, 2015. Disponível em: <https://www.cff.org.br/userfiles/prescri%C3%A7%C3%A3o%20farmaceutica%202015(1).pdf>.
Acesso em: 23 abr. 2022.
SÁNCHEZ-SERRANO, I. La crisis mundial de los sistemas de salud: del laboratorio de investigaciones hasta la coma del paciente. Bogotá: Editora Elsevier Insights, 2014.
NONPRESCRIPTION MEDICINES ACADEMY. The nonprescription medicine academy’s definition of self care. ©2016.
PROFAR. Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao paciente, à família e à comunidade: contextualização e arcabouço conceitual / Conselho Federal de Farmácia.
– Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2016. Disponível em: <https://www.cff.org.br/userfiles/Profar_Arcabouco_TELA_FINAL.pdf >
SOUSA, M. C. V. B. et al. Analysis of elderly individuals’
access to and utilization of health services and prescription drugs and their
patterns of use. Latin American Journal of Pharmacy, [S.l.], v. 31, n. 10,
p. 1379-1386, 2012. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/288627491_Analysis_of_Elderly_Individuals'_Access_to_and_Utilization_of_Health_Services_and_Prescription_Drugs_and_Their_Patterns_of_Use>
WORLD HEALTH ORGANIZATION. The role of the pharmacist in
self-care and self-medication: Report of the 4th WHO Consultive Group on the
role of the pharmacist. Hague, 2014. Disponível em: <https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/65860/WHO_DAP_98.13.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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